A coragem criativa tem me arrebatado nestes dias em que tanta coisa nova vem acontecendo. Esse tema veio à tona, principalmente, depois de ter assistido a uma palestra ministrada pelo professor Luiz Rufino, na FAAP de Ribeirão Preto. Fui para aprender mais, ouvir o que não sabia, e esse objetivo foi atingido com sucesso.
No entanto, algo a mais aconteceu, a epifania e, claro, a catarse, geradas principalmente por ouvir que a criação, apesar de ser e dever ser influenciada por personas, é individual. E é exatamente por essa razão que é preciso ter coragem e “força pra sonhar e perceber que a estrada (criativa) vai além do que se vê”. A estrada para aprender com a trajetória da criação é infinita. Vale aqui a redundância, sim.
Coragem para abraçar o que se cria. E dela expelir a mais pura criatividade. Coragem de se expor, e talvez, claro e com certeza, receber a tão dolorosa crítica. Até chegar ao ponto de não doer mais recebê-la e mais, conseguir tirar algo positivo dela. Sim, é possível reverter a crítica em crescimento e aprendizagem, e isso é puro treino e prática conscientes.
Coragem para enfrentar ideias absurdas que surgem. E como elas surgem. Graças ao Universo? Sim, graças ao Universo.
A gente passa muito tempo nutrindo que temos ausência de coragem criativa. Para mudar isso é preciso praticar na individualidade, se alimentar de conteúdos e acontecimentos ricos do dia a dia com a intenção de aumentar o repertório. E esse alimento diário é inesgotável, o pote sempre estará longe de ser cheio, e isso é fundamental para evoluir como criador. Ter em mente que há sempre o que aprender é garantia de evolução cognitiva e de uma explosão de criatividade.
Há de se ter mente aberta para experimentar e conhecer novas ideias. Abraçar a coragem com força é preciso, para que o que já existe possa ser transformado em algo próximo à originalidade. Mas há de se ter leveza também, deixar cair por terra o véu da pressão e da ansiedade em ser o criativão(barra)originalzão da vez, pois em todas as áreas, e de modo natural, exercemos a criatividade e também a inovação e a evolução do que já existe. Leveza é liberdade de expressão e criação.
Para concluir, é fundamental, para a prática da criatividade, não se atrelar a fórmulas e “receitas de bolo”. Ouvir e estar próximo de pessoas que tanto sabem deve nos motivar a querer ser, a cada novo dia, um pouquinho mais do que fomos ontem. Por isso, além do alimento diário, cercar-se de pessoas que nos movem a querer saber, que nos alimentam com coisas que acrescentam, é outra forma de crescer como criador, e sobretudo, como pessoa.